HEPATITE VIRAL TIPO B: ATUALIZAÇÕES E PERSPECTIVAS

VIRAL HEPATITIS TYPE B: UPDATES AND PERSPECTIVES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411052010


Ana Karolina Rosa França Vergilato1
Mikael do Nascimento Rufino1
Valentine Rodrigues Barboza Cardoso1
Victor Cavalcante Machado1
Suyane da Costa Oliveira2


RESUMO: A hepatite B é uma infecção viral que pode causar desde quadros assintomáticos até formas graves, como a insuficiência hepática fulminante, que apresenta uma taxa de letalidade preocupante. Objetivo: Mapear e analisar as inovações terapêuticas emergentes para a hepatite B crônica, avaliando seu impacto na evolução da doença e na qualidade de vida dos pacientes. Materiais e Métodos: Para atender a este objetivo foi realizada uma revisão integrativa de literatura obtida a partir da técnica de análise de conteúdo por “saturação teórica dos dados”. Resultados: Foram incluídos na análise 11 (onze) artigos para serem analisados a fim de subsidiar o estudo, cuja análise evidenciou que, apesar dos avanços nas terapias antivirais e na compreensão da hepatite B crônica, a doença continua a ser um desafio significativo para a saúde pública, exigindo intervenções robustas, vacinas eficazes e abordagens integradas para garantir a prevenção e o manejo adequado, especialmente em populações vulneráveis. Considerações finais: Concluiu-se que embora os desafios persistam, as atualizações nas práticas de tratamento e as novas direções para a pesquisa oferecem perspectivas otimistas para o futuro da gestão da hepatite B. O compromisso global em erradicar essa infecção pode ser viabilizado através de esforços conjuntos entre governos, instituições de saúde e a comunidade científica.

Descritores: Hepatite, HBV, Tratamento, Inovação.

INTRODUÇÃO

A hepatite B, causada pelo vírus VHB, é uma infecção transmitida principalmente por contato com sangue e fluidos corporais, sendo altamente específica para humanos, seu único reservatório natural. O risco de desenvolver a forma aguda ictérica da doença aumenta com a idade, enquanto a probabilidade de cronificação diminui: recém-nascidos infectados apresentam uma taxa de cronificação de 90%, que cai para 30-50% entre crianças até cinco anos e para 5-10% em adultos (FOCACCIA, 2020). Embora o VHB não seja extremamente contagioso e raramente cause surtos, ele pode evoluir para formas crônicas, potencialmente levando a cirrose e carcinoma hepatocelular (GOLDMAN & SCHAFER, 2021). A prevalência do antígeno de superfície (AgHBs+) é utilizada para classificar a endemicidade: em áreas de alta endemicidade, a prevalência de AgHBs+ é superior a 7% ou mais de 60% da população apresenta infecção anterior (Anti-HBc IgG+), enquanto em locais de endemicidade intermediária, essa taxa de infecção é de 20-60%; já áreas de baixa endemicidade têm menos de 2% de prevalência de AgHBs+, o que torna a infecção neonatal rara. Grupos com maior risco de infecção incluem profissionais da saúde, homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis, trabalhadores do sexo e pacientes em hemodiálise. Além das complicações hepáticas, a infecção crônica pelo VHB pode causar condições sistêmicas como poliarterite, glomerulonefrite, polimialgia reumática e crioglobulinemia, devido à presença de imunocomplexos circulantes de várias classes de imunoglobulinas (JAMESON, 2020).

Considerado um problema global significativo de saúde pública, com estimativas variando entre 257 e 293 milhões de pessoas infectadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015, cerca de 3,5% da população mundial (257 milhões) estava infectada, e o Observatório Polaris em 2016 estimou 3,9% (292 milhões), com a maioria dos casos concentrados na África Subsaariana e no Pacífico Ocidental, sendo que apenas 10% dos infectados foram diagnosticados, e 1,4% das infecções ocorreram em crianças menores de 5 anos (RAZAVI-SHEARER & CORREA, 2018; WHO, 2017). 

A prevalência mais elevada está em regiões como África Subsaariana, Oceania e Ásia, enquanto a Europa Ocidental e as Américas apresentam menor endemicidade (SCHMIT et al., 2021). No Brasil, entre 2000 e 2022, foram registrados 750.651 casos confirmados de hepatites virais, sendo 276.646 de hepatite B, com 85.486 óbitos relacionados entre 2000 e 2021, o que representa 30,9% dos casos de hepatites virais diagnosticados (BRASIL, 2023). 

Em Rondônia, as taxas de incidência variaram de 23,5 a 84,3 casos por 100.000 habitantes, com um total de 75.477 óbitos registrados, sendo 47.875 entre homens e 27.540 entre mulheres, e entre as cidades, Monte Negro destaca-se com a maior incidência, com 269,7 casos por 100.000 habitantes em 2018 (EZINHEIRO et al., 2024), ilustrando a relevância da vigilância e prevenção nos níveis global, nacional e local.

A infecção pelo vírus da Hepatite B é responsável por complicações hepáticas graves e potencialmente fatais, com manifestações clínicas que variam de assintomáticas a insuficiência hepática fulminante, cuja letalidade pode chegar a 80% (FOCACCIA, 2020). Seu período de incubação, de 30 a 180 dias, precede sintomas iniciais inespecíficos, como febre baixa e mal-estar, muitas vezes confundidos com gripe, seguidos por sinais mais severos em alguns casos, incluindo dor abdominal, icterícia e colúria (JAMESON, 2020).

A hepatite fulminante ocorre em quadros graves, e metade desses casos é causada pelo vírus da hepatite B (VHB); contudo, cerca de 90% dos adultos infectados eliminam o vírus naturalmente, enquanto de 5% a 10% progridem para a infecção crônica, a qual depende da resposta imune do hospedeiro (GOLDMAN; SCHAFER, 2021). A idade da infecção influencia a cronicidade: 90% a 95% dos casos de transmissão vertical em recém-nascidos tornam-se crônicos, enquanto esse risco é de 5% a 10% em adultos. 

A infecção crônica tem fases evolutivas, desde imunotolerância até reativação, especialmente sob imunossupressão, e está associada ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC), agravado por fatores como idade, DNA viral elevado e coinfecções com HIV, VHC e VHD (SCHMIT et al., 2021). Além das complicações hepáticas, o VHB pode desencadear manifestações extra-hepáticas, como poliarterite nodosa, crioglobulinemia e glomerulonefrite, e, em crianças, a acrodermatite papular, caracterizando um amplo espectro de efeitos (SCHMIT et al., 2021; CACOUB et al., 2022).

O presente estudo, que visa mapear e analisar as inovações terapêuticas emergentes para a hepatite B crônica, explorando seu impacto na evolução da doença e na qualidade de vida dos pacientes afetados, justifica-se pela gravidade das complicações que essa infecção pode provocar, além da urgente necessidade de desenvolver e implementar estratégias eficazes para seu manejo e controle. Para atingir esse objetivo, foi adotada uma metodologia de revisão integrativa de literatura, utilizando, entre outras técnicas, a saturação teórica dos dados para emergência de dimensões de estudo que parametrizam a análise do conteúdo das publicações recentes obtidas junto a periódicos indexados, garantindo uma compreensão abrangente e crítica das evidências disponíveis sobre o tema. Dentro desse contexto, portanto, a pergunta norteadora da pesquisa foi: “Quais são os principais avanços no tratamento da hepatite B crônica e como esses desenvolvimentos impactam a gestão clínica e os desfechos dos pacientes?” 

OBJETIVO GERAL

Mapear e analisar as inovações terapêuticas emergentes para a hepatite B crônica, avaliando seu impacto na evolução da doença e na qualidade de vida dos pacientes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Identificar as práticas terapêuticas mais eficazes no manejo da hepatite B crônica.
  • Analisar a relação entre as inovações terapêuticas e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
  • Contribuir para a formulação de diretrizes que aprimorem o cuidado e o tratamento de pacientes com hepatite B crônica.

MATERIAIS E MÉTODOS

Considerando as diretrizes do guideline de pesquisa qualitativa Standards for Reporting Qualitative Research (SRQR) elaboradas por O’Brien e sua equipe (2014), extraídas da rede internacional de transparência e qualidade de pesquisas em saúde (EQUATOR NETWORK), o presente estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura. Essa abordagem é reconhecida como a mais abrangente entre os tipos de revisão, pois permite a inclusão de diversos estudos, favorecendo uma compreensão mais profunda do tema analisado. A revisão integrativa fundamenta-se em literatura teórica e empírica, incorporando a definição de conceitos, a revisão de teorias e evidências, e a análise de questões metodológicas (LIMA DANTAS et al., 2022).

Para a realização da revisão, utilizou-se um diagrama que facilitou a seleção dos descritores controlados em saúde na plataforma DESC/BIREME em português, assim como a transcrição para os termos MESH em inglês e seus sinônimos (entry terms) da plataforma Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). As buscas ativas nas fontes de informação ocorreram no dia 10 de outubro de 2024, às 14h39, abrangendo bancos de dados de plataformas de pesquisa como a Scientific Electronic Library Online (SCIELO), a Literatura Internacional da Área Médica e Biomédica em Ciências da Saúde (MEDLINE) e a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), todas selecionadas por sua relevância e credibilidade nas Ciências da Saúde.

Foram aplicados critérios rigorosos de busca e filtros, incluindo publicações apenas em língua portuguesa, inglesa e espanhola, abrangendo publicações realizadas entre os anos de 2019 e 2024. Os resultados foram restringidos a artigos científicos, excluindo monografias, dissertações, livros, capítulos, patentes e citações. Além disso, somente foram considerados artigos científicos com acesso completo e gratuito, e excluídos aqueles que eram revisões bibliográficas, focando apenas em artigos originais. Os resultados de cada base de dados foram tabulados utilizando marcadores de título, autor, ano da publicação e perfil metodológico. Por fim, as tabulações de resultados das diferentes bases de dados foram comparadas, excluindo publicações repetidas, garantindo a qualidade e a relevância da literatura revisada.

RESULTADOS

No processo de triagem, utilizando-se os DECS/MESH combinados e os respectivos operadores booleanos, foram selecionados os artigos conforme o critério de busca: (((hepatite) OR (VHB)) AND ((tratamento) OR (terapia))) AND ((inovação) OR (inovações)) nas bases de dados. Considerando as etapas descritas por Gil (2008) e representadas na Figura 1, foram inicialmente selecionados 128 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, foram removidos 21 artigos que não atendiam aos critérios de inclusão, resultando na seleção de 107 artigos. Destes, 50 foram excluídos devido ao recorte temporal, restando 57 artigos na etapa de elegibilidade, que correspondem a artigos com texto completo avaliados para essa finalidade. Durante essa avaliação, 46 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios de idioma (apenas em português, inglês e espanhol) ou por não abordarem a temática proposta. Por fim, na etapa de inclusão, foram selecionados 11 artigos para análise, que subsidiarão o estudo, descritos sucintamente na Tabela 1, considerando autor, ano de publicação, objetivo do estudo e aspectos relevantes de cada pesquisa.

Figura 1. Fluxograma ilustrando o processo de seleção dos artigos que foram incluídos neste estudo.

Fonte: Autores, 2024.

Tabela 1: Descrição sucinta dos estudos selecionados para discussão

AutorAnoObjetivoAspectos Relevantes
Ezinheiro et al.2024Avaliar o perfil epidemiológico de Hepatite B no estado de RondôniaTrata-se de um estudo observacional analítico, realizado através de dados secundários do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde, Departamento de Doenças de Condições crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, referente ao período de 2009 – 2018 sobre a incidência e mortalidade de Hepatite B no estado de Rondônia. Os resultados apontam 5563 casos notificados, 2838 do sexo masculino, 2725 do sexo feminino respectivamente. Resultando em uma média de 556,3 casos notificados. A taxa de incidência variou entre (23,5/100,000 habitantes) a (84,3/100,000 habitantes). Rondônia apresentou 75477 mortes, 47875 do sexo masculino, as variáveis de faixa etária as que apresentaram mais óbitos foram: acima dos 50 anos, dos 30 aos 49 e 20 aos 29, com 40835, 12649 e 4877 respectivamente.
Moretto et al.2020Sintetizar as diretrizes atuais e novas abordagens para o manejo de pacientes com infecção por anticorpos contra o antígeno do núcleo do vírus da hepatite B (IAHBc), focando especialmente em pacientes em uso de drogas imunossupressoras para doenças inflamatórias crônicas e aqueles infectados por HIV e/ou HCV.A frequência de infecção por anticorpos contra o antígeno do núcleo do vírus da hepatite B (IAHBc) é maior em populações como pessoas vivendo com HIV e pacientes imunocomprometidos. O risco de reativação do vírus (HBV) depende de fatores do hospedeiro e características virais. Os pacientes imunocomprometidos são classificados em três grupos de risco: alto, moderado e baixo. Aqueles de alto risco devem receber terapia sistemática para HBV. Os de risco moderado têm decisões baseadas no nível de DNA do HBV, podendo ser tratados preventivamente ou monitorados. Para pacientes de baixo risco, a vacinação é uma opção, embora mais estudos sejam necessários para definir estratégias preventivas eficazes. A gestão do risco de reativação do HBV requer uma abordagem individualizada, considerando os fatores clínicos e virológicos relevantes.
Gavazza et al.2023Avaliar a influência da DHGNA e SM no tempo de resposta virológica completa (RVC) em pacientes portadores de HBC.O estudo avaliou 65 pacientes, divididos em dois grupos (G1: 48; G2: 17), após aplicar critérios de exclusão. A análise revelou que o tempo médio até a resposta virológica completa (RVC) foi de 10,5 meses no G1 e 14 meses no G2 (p=0,019). A conclusão indica que a presença de esteatose hepática não alcoólica (DHGNA) e/ou síndrome metabólica (SM) retarda a RVC em indivíduos com hepatite B crônica, sugerindo que a avaliação conjunta dessas comorbidades pode aprimorar a resposta terapêutica.
Lok et al.2021Determinar a incidência e os fatores associados aos desfechos clínicos em uma coorte multiétnica de adultos norte-americanos com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV) que não estavam em terapia antiviral (AVT) no momento da inscrição.O estudo acompanhou prospectivamente adultos com infecção crônica por HBV que não estavam em terapia antiviral (AVT) e sem histórico de descompensação, carcinoma hepatocelular (CHC) ou transplante hepático. Participantes com coinfecções (HIV, HCV, HDV) foram excluídos. Dos 1.418 participantes analisados, 51,5% eram mulheres, com uma idade média de 41,1 anos, sendo a maioria asiáticos. Durante o acompanhamento, 274 iniciaram tratamento e 83 tiveram surtos de alanina aminotransferase. Após 6.641 pessoas-ano de acompanhamento, ocorreram 12 desfechos clínicos em 8 participantes, incluindo descompensação, CHC, transplante e mortes relacionadas ao HBV. A incidência de resultados adversos foi baixa, destacando os benefícios da perda de HBsAg e a importância do diagnóstico e tratamento precoces para prevenir complicações da infecção crônica pelo HBV.
Hsu et al.2022Avaliar a soro depuração do HBsAg em 7697 pacientes virgens de tratamento para hepatite B crônica, que iniciaram terapia com entecavir (ETV) ou tenofovir disoproxil fumarato (TDF).No estudo, a população foi acompanhada por uma média de 56,1 meses, totalizando 36.929 pessoas-ano de observação. A soro depuração do HBsAg foi observada em 70 pacientes tratados com entecavir (ETV) e 21 tratados com tenofovir disoproxil fumarato (TDF), resultando em uma incidência cumulativa de 8 anos de 1,69% para ETV e 1,34% para TDF (p = 0,58). A análise por propensão ponderada mostrou uma razão de risco ajustada de 0,91 para TDF em comparação ao ETV, sem diferenças significativas entre os tratamentos. Assim, ambos os medicamentos apresentaram incidências semelhantes de soro depuração do HBsAg, que ocorreu raramente.
Rodriguez et al.2020Atualizar o documento de consenso da Associação Espanhola para o Estudo do Fígado (AEEH) sobre o tratamento da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), publicado em 2012, levando em conta as mudanças na epidemiologia, conhecimento da história natural, métodos diagnósticos e indicações de tratamento da hepatite B crônica.Os achados do estudo indicam que a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) continua a ser um problema de saúde pública, com taxas de prevalência na Espanha entre 0,5% e 1%, influenciadas pela migração de países com alta prevalência. O espectro da doença varia desde portadores inativos até hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). A Associação Espanhola para o Estudo do Fígado (AEEH) recomenda o tratamento com análogos de nucleotídeos de alta barreira à resistência, como entecavir e tenofovir, enquanto o interferon peguilado é considerado uma alternativa para pacientes com doença hepática pouco avançada, mas seu uso é limitado devido à eficácia restrita e efeitos adversos. Além disso, a vigilância para o diagnóstico precoce do CHC é fundamental, especialmente para subgrupos específicos de pacientes com infecção crônica pelo HBV.
Pimenta et al.2021Analisar os casos de hepatite B na Amazônia, com foco nas altas taxas de prevalência da infecção pelo vírus da hepatite B na região, analisando aspectos epidemiológicos, clínicos, diagnósticos, tratamentos e medidas profiláticas entre 2013 e 2019.Evidenciou que a epidemiologia da hepatite B no Brasil é caracterizada por uma significativa heterogeneidade, com alta endemicidade especialmente na Amazônia, onde populações vulneráveis, como as de comunidades quilombolas e indígenas, enfrentam dificuldades de acesso a serviços de saúde. As cidades de Porto Velho e Rio Branco destacam-se pelos altos índices da doença, refletindo a realidade de um estado que carece de infraestrutura e serviços públicos adequados. A relação entre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e a incidência de hepatite B é evidente, principalmente na região Norte, onde as condições de vida são desfavoráveis. Apesar dos esforços de vacinação que começaram na década de 90, a adesão ainda é baixa, necessitando de foco em grupos de risco. O diagnóstico da hepatite B depende de marcadores sorológicos específicos, e o tratamento é centrado na redução da progressão da doença, utilizando medicamentos que modulam a resposta imunológica. A monitorização regular dos pacientes é essencial para o manejo eficaz da infecção e prevenção de complicações severas.
Lok2019Revisar o conhecimento atual sobre a infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV), avaliando a eficácia e segurança dos tratamentos disponíveis, incluindo interferons (IFNs) e análogos de nucleosídeos/nucleotídeos (NAs). Os achados do estudo indicam que, embora a busca por uma cura esterilizante para a hepatite B, que elimine tanto o cccDNA quanto o DNA integrado do HBV, possa não ser viável, um “cura funcional” é considerada um objetivo realista. Essa cura funcional envolveria a perda do HBsAg, acompanhada pela perda do HBeAg e da presença indetectável de DNA do HBV no soro, embora o DNA do HBV possa persistir no fígado. Com essa abordagem, a progressão da doença hepática seria interrompida, resultando em regressão da fibrose e diminuição da incidência de carcinoma hepatocelular (HCC). O estudo também destaca que novas estratégias terapêuticas, incluindo uma combinação de fármacos antivirais direcionados a novos alvos e terapias imunomoduladoras, estão sendo exploradas, visando aumentar a porcentagem de pacientes que alcançam a perda do HBsAg após um curso de tratamento limitado. No entanto, desafios significativos permanecem na segurança, facilidade de administração e custo dos novos medicamentos, apesar do desejo de alcançar uma “cura” para a hepatite B em um futuro próximo.
Schmit et al2021Comparar as quatro fontes comumente citadas de estimativas de prevalência global da hepatite B, que incluem o Institute for Health Metrics and Evaluation, Schweitzer et al., a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a CDA Foundation.Os achados do estudo revelam que, de maneira geral, os quatro conjuntos de estimativas analisados sobre a prevalência global da hepatite B (HBV) são comparáveis e refletem a carga global da infecção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a CDA Foundation apresentaram as estimativas mais semelhantes, com uma diferença mediana de apenas 0,8 pontos percentuais. No entanto, discrepâncias mais significativas foram observadas nas prevalências em crianças menores de 5 anos e em países da África Subsaariana, com diferenças medianas de 2,7% e 2,4 pontos percentuais, respectivamente. As variações nas estimativas parecem estar associadas à recência e representatividade dos dados utilizados, assim como a diferentes suposições de modelagem relacionadas à distribuição etária da carga do HBV. A conclusão destaca que, embora as estimativas atuais da OMS e da CDA sejam valiosas para avaliar a carga populacional da infecção crônica por HBV, é crucial obter mais dados de seroprevalência em crianças pequenas, especialmente na África Subsaariana, para monitorar efetivamente os progressos em direção à eliminação da doença.
Guvenir & Arikan2020Analisar a infecção pelo vírus da hepatite B como uma preocupação global, que pode levar a hepatite crônica, falência hepática e morte.Os achados do estudo revelam que a infecção pelo vírus da hepatite B continua a ser uma preocupação global, podendo evoluir para hepatite aguda e crônica, falência hepática severa e morte. A transmissão é mais comum de mãe para filho, além de ocorrer por meio de sangue e fluidos corporais infectados. A triagem é recomendada para mulheres grávidas, adolescentes e adultos em alto risco, utilizando testes sorológicos para diferenciar entre hepatite aguda e crônica. Testes moleculares são essenciais para detectar e quantificar o DNA viral, além de analisar genotipagem, resistência a medicamentos e mutações. O tratamento antiviral deve ser iniciado em todos os pacientes com hepatite B crônica, empregando análogos de nucleosídeos e interferons peguilados, que são eficazes na redução da mortalidade por câncer de fígado e na lentificação ou reversão da progressão da doença hepática.
Wang & Duan2021Atualizar as diretrizes para a prevenção e tratamento da hepatite B crônica (HBC), em resposta à meta da Organização Mundial da Saúde de eliminar a hepatite viral como uma grande ameaça à saúde pública até 2030.Os achados do estudo indicam que as diretrizes atualizadas para a prevenção e tratamento da hepatite B crônica (HBC) refletem os avanços recentes em pesquisas básicas, clínicas e preventivas. O painel de especialistas ressaltou a importância de adaptar as recomendações às condições reais da China, garantindo que as estratégias de combate à hepatite B estejam alinhadas com as metas da Organização Mundial da Saúde para eliminar a hepatite viral até 2030. As diretrizes oferecem suporte prático para melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento da HBC, enfatizando a necessidade de um enfoque integral e baseado em evidências para abordar a infecção de forma eficaz.

Fonte: Autores, 2024.

A hepatite viral tipo B (HBV) permanece uma das principais preocupações em saúde pública global, afetando aproximadamente 257 milhões de pessoas ao redor do mundo (Ezinheiro et al., 2024). A gravidade dessa infecção está na sua capacidade de se tornar crônica, levando a complicações severas como cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). Apesar do avanço nas diretrizes clínicas e na compreensão da patologia, a hepatite B ainda representa um grande desafio para os sistemas de saúde, demandando estratégias robustas de tratamento e prevenção (LOK et al., 2021).

Os esforços para gerenciar a hepatite B são múltiplos, envolvendo a implementação de novas diretrizes de tratamento, atualizações nas práticas clínicas e a investigação contínua de terapias inovadoras. Estudos como o de Hsu et al. (2022) destacam que reconhecer a hepatite B como uma doença crônica é crucial para o desenvolvimento de intervenções eficazes. Esses estudos enfatizam a importância de tratar não apenas a infecção em si, mas também suas implicações a longo prazo na saúde do paciente (GUVENIR; ARIKAN, 2020).

Avanços significativos têm sido feitos na área de antivirais. Análogos nucleos(t)ídicos, como entecavir e tenofovir, têm mostrado eficácia na supressão viral, contribuindo para a redução da progressão para doenças hepáticas avançadas (Moretto et al., 2024). Isso demonstra uma evolução no tratamento, permitindo que pacientes com hepatite B vivam de maneira mais saudável e prolongada. No entanto, embora esses tratamentos sejam eficazes, a cura funcional da hepatite B ainda é um objetivo distante, embora novas terapias combinadas estejam sendo exploradas, trazendo esperanças para muitos (WANG; DUAN; 2021).

Em complemento, a pesquisa de Pimenta et al. (2021) revela um crescente interesse por estratégias que visam a cura funcional da hepatite B. A investigação de novas moléculas antivirais e abordagens como a terapia combinada têm sido promissoras, sugerindo que um tratamento curativo pode ser uma realidade no futuro. Contudo, é essencial entender que a cura não é apenas uma questão de terapia antiviral; envolve uma abordagem abrangente que considere o contexto social e econômico dos pacientes (GAVAZZA et al., 2023)

As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam a necessidade de monitoramento rigoroso dos pacientes em tratamento, especialmente aqueles em risco de progressão para cirrose e HCC. Hsu et al. (2022) indicam que o sucesso do tratamento depende da escolha correta dos medicamentos e da adesão ao regime terapêutico, sendo a continuidade no acompanhamento essencial para garantir a eficácia do tratamento a longo prazo (SCHMIT et al., 2021).

Além das questões relacionadas ao tratamento, a vacinação se destaca como a estratégia mais eficaz para prevenir a hepatite B, especialmente em populações vulneráveis, como recém-nascidos de mães infectadas e indivíduos com risco elevado de infecção (Gavassa et al., 2023). Apesar da disponibilidade da vacina, a cobertura vacinal é insatisfatória em várias regiões do mundo, especialmente na África Subsaariana, o que contribui para a persistência da infecção. O estudo de Rodriguez et al. (2020) ressalta a urgência de ações que aumentem a conscientização sobre a hepatite B e promovam a vacinação em populações de risco.

Guvenier e Arikon (2020) enfatizam que a complexidade da infecção pelo HBV exige uma compreensão aprofundada das abordagens atuais e das novas direções para o manejo da doença. As iniciativas devem incluir a avaliação de novas terapias que não apenas suprimam a replicação viral, mas que também busquem a cura funcional, um objetivo ainda em desenvolvimento. A erradicação da hepatite B requer uma abordagem integrada, que leve em consideração as especificidades culturais e sociais das populações afetadas, permitindo um controle mais eficaz (HSU et al., 2022).

Schmit et al. (2021) enfatizam a importância de políticas de saúde pública que garantam o acesso universal a diagnósticos e tratamentos. Para isso, é essencial que os governos invistam na formação de profissionais de saúde e na criação de programas de educação em saúde que abordem não apenas a hepatite B, mas também os fatores de risco associados, como o uso de substâncias e práticas inadequadas de saúde. Uma abordagem mais holística pode potencializar os resultados e garantir que os pacientes recebam cuidados abrangentes.

As abordagens de saúde integradas, que reúnem diferentes serviços e disciplinas, são fundamentais para alcançar resultados positivos, ao unir esforços de saúde pública, medicina, assistência social e educação, é possível criar um ambiente propício para erradicar a hepatite B e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas este tipo de colaboração é vital para garantir que os pacientes recebam os cuidados necessários, promovendo um tratamento contínuo e efetivo (PIMENTA et al., 2021).

De acordo com Moretto et al. (2020), os novos desenvolvimentos em pesquisa estão em constante evolução, explorando a possibilidade de cura funcional para a hepatite B. Iniciativas inovadoras, como terapias combinadas e novos agentes antivirais, estão sendo investigadas, trazendo novas esperanças para o tratamento. 

Suk-Fong Lok (2019) ressalta que, embora a cura completa ainda não tenha sido alcançada, esses avanços representam um progresso significativo no manejo da doença, com a possibilidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir a carga da hepatite B a longo prazo.

Por outro lado, a identificação e tratamento precoce da infecção são cruciais para a prevenção de complicações severas, como cirrose e CHC. O Protocolo Clínico do Ministério da Saúde estabelece critérios rigorosos para a indicação do tratamento, baseando-se em marcadores como a carga viral e os níveis de alanina aminotransferase (ALT) (Brasil, 2023). 

Para pacientes com fibrose avançada ou cirrose, o tratamento tem como objetivo estabilizar ou reverter a fibrose hepática, enquanto para aqueles com CHC induzido pelo HBV, o foco está na supressão da replicação viral. As opções de tratamento atualmente disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) incluem análogos de nucleotídeos e a alfapeginterferona, que apresentam diferentes perfis de eficácia e segurança (LOK et al., 2021). 

O fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) é amplamente utilizado devido à sua eficácia e perfil de segurança. Entretanto, os profissionais de saúde devem estar atentos aos potenciais efeitos adversos, como a nefrotoxicidade, que embora raros, podem ocorrer com o uso prolongado (Gurel et al., 2015). O entecavir, por sua vez, é uma alternativa quando o TDF não pode ser utilizado, sendo sua escolha dependente de uma avaliação criteriosa da história clínica do paciente (GUVENIR; ARIKON, 2021).

A alfapeginterferona, por outro lado, embora ofereça a vantagem de um tratamento de curta duração, é frequentemente evitada devido aos seus efeitos colaterais significativos (HSU et al., 2021). A utilização desse medicamento deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta o estado de saúde do paciente e sua capacidade de tolerar os riscos associados ao tratamento, é fundamental que os profissionais de saúde estejam bem-informados sobre as opções de tratamento e seus perfis de segurança para orientar os pacientes de maneira eficaz (ENZINHEIRO et al., 2024).

Por fim, é evidente que a hepatite B apresenta um panorama complexo que requer uma abordagem multifacetada. Os avanços no tratamento e na pesquisa oferecem esperanças, mas os desafios permanecem, principalmente no que diz respeito à prevenção e à cobertura vacinal (SCHMIT et al., 2021). O engajamento contínuo da comunidade médica e de políticas públicas é essencial para garantir que as metas de eliminação da hepatite B como uma ameaça à saúde pública sejam alcançadas até 2030, promovendo um futuro mais saudável para as populações em risco (RODRIGUEZ et al., 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As considerações finais deste estudo sobre hepatite viral tipo B destacam a importância das inovações terapêuticas emergentes, bem como seu impacto significativo na evolução da doença e na qualidade de vida dos pacientes. O objetivo geral de mapear e analisar essas inovações foi cumprido por meio de uma revisão detalhada das práticas terapêuticas atuais e emergentes, como o uso de antivirais de última geração, incluindo entecavir e tenofovir. Estes medicamentos demonstraram não apenas a capacidade de suprimir a replicação viral de maneira eficaz, mas também de reduzir a incidência de complicações graves, como cirrose e hepatocarcinoma. A análise das evidências disponíveis permitiu uma compreensão abrangente de como essas terapias podem alterar o curso da hepatite B crônica, resultando em melhorias tangíveis na saúde dos pacientes.

Além disso, o estudo atendeu ao objetivo específico de identificar as práticas terapêuticas mais eficazes no manejo da hepatite B crônica ao destacar a importância de um tratamento individualizado que considere fatores como adesão ao tratamento e resposta clínica. As evidências coletadas reforçaram a ideia de que intervenções personalizadas são essenciais para maximizar a eficácia das terapias e minimizar os efeitos adversos, permitindo uma abordagem mais centrada no paciente. A integração de novas tecnologias e métodos de acompanhamento, como a telemedicina e a monitorização remota, também foi discutida, mostrando-se promissoras na melhoria da adesão ao tratamento e na gestão da doença.

O estudo também explorou a relação entre as inovações terapêuticas e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, um objetivo específico fundamental. A literatura analisada indicou que o tratamento eficaz da hepatite B não só prolonga a vida, mas também melhora a qualidade de vida, reduzindo sintomas e complicações associadas à infecção. A capacidade de controlar a replicação viral e prevenir o desenvolvimento de doenças hepáticas avançadas está diretamente relacionada ao bem-estar físico e psicológico dos pacientes. Portanto, é essencial continuar a investigação sobre o impacto das inovações terapêuticas na qualidade de vida para garantir que os pacientes não apenas sobrevivam, mas prosperem.

Por fim, ao contribuir para a formulação de diretrizes que aprimorem o cuidado e o tratamento de pacientes com hepatite B crônica, o estudo sublinha a necessidade de políticas de saúde pública que integrem esses avanços terapêuticos. Recomendações baseadas em evidências foram desenvolvidas, visando melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, assim como a implementação de programas de educação em saúde. A promoção de um enfoque multidisciplinar que envolva profissionais de saúde, pacientes e comunidades é crucial para superar as barreiras existentes e assegurar que todos os grupos populacionais tenham acesso a cuidados adequados.

Neste cenário, embora a hepatite B continue a representar desafios significativos para a saúde pública, este estudo demonstrou que as inovações terapêuticas emergentes têm o potencial de transformar a abordagem de tratamento, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e fornecer diretrizes claras para a prática clínica. Contudo, é importante reconhecer as limitações deste estudo, incluindo a heterogeneidade das evidências disponíveis e a necessidade de mais dados longitudinalmente sobre os efeitos das novas terapias em diferentes populações. Assim, recomenda-se a realização de pesquisas adicionais que explorem a eficácia das intervenções em cenários diversos, bem como estudos que abordem a integração de práticas terapêuticas com aspectos psicossociais, a fim de proporcionar um cuidado mais holístico. O futuro da hepatite B depende de um esforço conjunto, onde a pesquisa contínua, a educação e a colaboração entre todos os envolvidos são fundamentais para alcançar a erradicação dessa infecção global.

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1Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário São Lucas. Porto Velho-RO.
2Docente do Curso de Medicina do Centro Universitário São Lucas. Porto Velho-RO.